Quando se vê já passou o dia, já passou a noite, já passou os
anos, já passou muita vida. E a economia do tempo não combina com agitação. Não
está pra euforia. As coisas têm um tempo de acontecer, de ser ou dizer. Uma ocasião
que não é cedo e nem tarde. É um tempo que pode ser uma fração de segundo, mesmo
levando uma eternidade pra se consumir. Porém, olhai! Veja que o tempo lhe é
dado com muito amor, no momento exato. Agarre-o, pois ele passa!
domingo, 30 de março de 2014
quinta-feira, 27 de março de 2014
Mexer
Meu pai gosta de café bem quente, mas ao tomar o café pega a
colher e mexe. Sempre ficava intrigada com este ritual, que mesmo quando não há
razão, pois ele já não usa o açúcar. Com adoçante ou sem açúcar, o importante é
mexer. Resolvi satisfazer a minha curiosidade. Mexi, mexi o meu café. E o sabor
fica mesmo incrível. Ao adsorver borbulhas o sabor do café se transforma. Assim
como a vida, seja doce ou amarga, tem um ritual a se cumprir: que seja bem
mexida.
quarta-feira, 26 de março de 2014
Eu tenho um segredo pra ti!
Uma boa nova? Será? Sabe
aquilo que, por momentos, pode te fazer sair do ar... Mais que um ato ou ainda, uma idéia. Quem
sabe, um tesouro que interessa a muitos, mas é só pra quem tem sorte. Coisas
pra pessoas especiais. Somente aquelas que podem suportar. Detalhes que podem te
acender pra uma outra percepção, te levar e ancorar pra um mundo melhor. Aquilo
que só tem um jeito de contar: sussurrando baixinho. Atenção, pode até arrepiar...
Pois é, vem cá! Eu tenho um segredo pra ti!
terça-feira, 25 de março de 2014
Aceito
Aceito. Porque é meu
coração que escolhe. Aceito a minha tranqüilidade e força. Aceito os meus medos
e fragilidades. Aceito meus humores e euforias. Aceito quem fui ontem, como sou
hoje, porque continuo a olhar qual sempre, com mesma vibração e energia. Aceito
minhas alegrias, inseguranças, perdas e vitórias. Aceito os caminhos que tracei
e as tomarei. Aceito minhas resignações e confirmações. Pois é em mim que moro
e me tenho como própria e melhor companhia, do princípio ao fim. Quer compartilhar?
Aceito tu e me aceito!
domingo, 23 de março de 2014
Água
Depende da temperatura, a água
se contrai ou expande. Seja nos estados que a transformam: solidificada, em
vapor ou na fase líquida, ela dá movimento e cor ao mundo. No solo ela escoa e segue
em um único destino, não importa os contornos que tenha a assumir, é o mar que
lhe toma. Assim como a vida, que sem ela não existe, a água não volta ao mesmo
ponto, permanentemente se refaz. Cuidá-la para a sua existência não secar e mantê-la
purificada é mais que preciso, um louvor.
sábado, 22 de março de 2014
Solidão
Por Artur Osorio
transmutação endêmica ...
paralisia afetiva ... moral ... elo rompido ... da linha ancestral ...
predominância ... genética da individualidade .... corrompe os egos ... aflitos
... permuta as causas diversas ... desconhecidas ... inimagináveis ... sustenta
palavras ... que expele ... das bocas ... beijadas ... jogadas ... aos ventos ...
entregues à sorte ... sublime de amores ... eternidades de alma ... serpente alada...
antídoto de dois ... comércio escravo ... vidas alheias ... volátil dos sonhos
... pós-moderna dependência ... sequela dos tempos ... dramaturgia ...
quinta-feira, 20 de março de 2014
Outono
A vida é breve, atinge tal estagio, enruga-se e finda. Quem atento observa
como as folhas se gastam e se transformam no Outono sabe o quanto esta estação nos
revela sobre a passagem do tempo. O
vento vasto nos instiga as direções do pensar. O mundo, de certo modo de olhar,
é sempre belo. As coisas, mesmas que
envelhecidas e gastas, em cores pastéis oxidadas, refletem o dourado da
luminosidade que se anuncia. Os cheiros umedecidos... Ah! Os sabores do Outono:
caquis, goiabas, romãs. Delicie-se, quem souber.
segunda-feira, 17 de março de 2014
Palavras
Há momentos que as emoções
não cabem em si: eclodem! Sem pensar, balbuciamos coisas. Palavras que se
repercutem. Receptores com tento captam suas ondas e vibrações. Sinais que
ressoam em nossas mentes por muitos anos, senão para sempre. Palavras boas,
ternas e doces: aquelas que nos tocam, nos acalantam e nos animam. Muitas vezes
sua ausência, o silêncio, é mais valiosa. Quando os ruídos nos atingem,
palavras ruins nos ferem. Quem sente esta lesão jamais a esquece. Palavras que
nos machucam, quem sabe se deixa para o amanhã!
sábado, 8 de março de 2014
Mulheres
por Artur Osório
...
mães ... amigas ... senhoras ... esposas ... marias ... amélias ... amantes ...
guerreiras ... de fibra .... de atos ... de dores ... semblantes ... flores ...
da vida ... dos sonhos ... da busca ... da luta ... do basta ... de lares ... ventre ... dos homens ... seus filhos ... nos céus ... por
terra ... nos mares ... canto ... encanto ... de curvas ... de bocas ...
olhares ... ser ... simplesmente ... mulheres ...
quarta-feira, 5 de março de 2014
Episódios de um roteiro
por Viviane Ilha
Quem já pensou: essa história
renderia um filme ou um seriado? Seja com roteiro bom ou ruim nesse enredo
somos multitarefas: roteirista, diretor, protagonista e coadjuvante. Mas é pela
lente dos nossos olhos que a vida reflete em cores, emoções. Você pode ou não gostar
de um episódio e para recomeçar as gravações, com um novo roteiro, deverá escolher
pelo drama ou comédia, pela verdade ou ficção. Tem muita cena que acontece na
vida da gente que merece um fade in ou fade out, pois há cada episódio.
terça-feira, 4 de março de 2014
As cores que vejo
por Artur Osorio
eu reinvento ... tudo o que vejo ... eu escolho as cores .... das mais
vivas ... das que ainda me restam ... das que pelas águas ... ainda me acham
... eu não vejo ... tudo o que olho ... eu encontro ... o que me segue ... o que me faz ... sentir mais cego
... eu sigo ... os passos com a sorte ... sobre os meus olhos ... eu crio ...
eu mudo ... eu desenho em cores ... tudo o que vejo ...
O resto que de nós viveu
por Artur Osorio
não me parece a felicidade ... nem mesmo a alegria ...
talvez ... um turbilhão de confusões indefinidas ... a mente ilícita ... um
chão ... que me afunda os pés ... estampado ... na face que escondo ...
na pele ... ainda a chuva ... nas minhas mãos ... o calor ... por vezes
... exalado do corpo teu ... a armadilha por fim deflagrada ... o avesso do
certo ... não sei ... me fogem ... palavras que neguem ... o resto que de nós
viveu
sábado, 1 de março de 2014
Uma vai de abadá. A outra de pulôver.
por
Viviane Ilha
Ana Karina e Bia se
encontraram depois das férias nas praias gaúcha e catarinense. Cada uma com um
bronzeado de invejar. Mas a alegria e o encanto do verão não acabou. Tem
carnaval, comentaram eufóricas. Ana com passagem em mãos e os abadás
encomendados, ouviu o comentário de Bia: Esse ano é por aqui mesmo no Sul. Mas
tu viu a previsão do tempo? Cogitou que ao invés de muito glitter, o pulôver
vai ser traje garantido. Que beleza! Viva los hernamos que mandam frio. Riram à
pampas.
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