terça-feira, 25 de novembro de 2014

Oferecimento de si mesmo


Por Lislair Leão Marques

*“Tomai Senhor e recebei toda a minha liberdade. A minha memória também. O meu entendimento e toda a minha vontade. Tudo o que tenho e possuo, vos me deste com amor. Todos os dons que me destes, com gratidão, vos devolvo. Disponde deles, Senhor, segundo a vossa vontade. Daí-me somente o vosso amor, vossa graça. Isto, me basta. Nada mais quero pedir.” ...mas, Senhor, que não acabe nunca a areia do mar, o rumor das águas, o relâmpago do céu.

Oração pelas palavras do *Santo Inácio de Loyola.

A arte da atenção


Por Lislair Leão Marques

A atenção constitui um momento único em que o coração e a inteligência podem estar juntos. Ela é a prece natural da nossa alma. É mudar e se transformar. Ela nos faz voltar do exílio que é o esquecimento do Ser. A atenção pode, ainda, nos deixar sair do inferno – pois, esse é a ausência da misericórdia –. Observe, então, a fim de elevares ao conhecimento. Veja, se queres prestar atenção a Deus, preste atenção a ti mesmo. Pensares de Jean Yves Le-Loup em “A arte da atenção”.

Sede passantes


Por Lislair Leão Marques

Só o amor é o mais forte, pois quem ama, compreende. Quem compreende, perdoa. O amor é mais forte do que a tolice. O amor é mais forte do que o sofrimento. O amor é mais forte do que a morte. Se possuirmos esse entendimento, essa fé, a adesão ao ser essencial, essa luz que não poderá ser simplesmente extinta, transformaremos o que não nos tem saída, as pedras que encontramos ou nossos muros que às vezes nós próprios criamos, em caminhos e lugares de passagem. Sede passantes.

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Amarelinha


Por Lislair Leão Marques

*Procuro o céu insistentemente
como toda a gente,
jogando com a vida
como uma pedrinha
na amarelinha.
De pulo em pulo,
um só pé no chão,
sinto a realidade.
A outra metade é sonho, ilusão.
Assim me equilibro com dificuldade.
Se a pedra cai fora,
então recomeço.
Se a pedra cai dentro,
me ajeito e me apresso.
A meta é no alto
e de salto em salto
disputo comigo.
Às vezes me alegro,
às vezes me exalto.
Será que eu consigo?


Poema de autoria da poetisa *Flora Figueiredo.