Morri em 2015 com o peso das perdas. Morri com as
pessoas, minhas e queridas, que se foram. Morri com as crianças esquecidas e o
terrorismo. Morri com o peso da corrupção e dinheiro desviado. Morri com a falta
de atenção à saúde pública e também da educação. Morri com a falta de bom senso
dos quem exercem o poder de manipulação. Morri com a morte do Rio Doce, que desaguou
no mar, como que se redime. Consciência leve nos traga o futuro, uma nova
chance de salvação.
quinta-feira, 31 de dezembro de 2015
segunda-feira, 14 de dezembro de 2015
Sem palavras
Quando
mãe morre, parte de nós também vai embora. Quando pai morre, outra parte de nós
vai embora. Assim é com todas as pessoas queridas da nossa vida que se vão. Com
eles, vamos morrendo aos pouco. Ocasiões em que as palavras se mostram rasas,
que não dão conta das emoções. Energia que se esvai. Parte da gente fica a desvendar
o mistério. Talvez só arte possa cumprir o papel de desanuviar a realidade. Arte
para mostrar o sentimento cujas palavras já não mais se deixam capturar.
terça-feira, 24 de novembro de 2015
Elo
por Artur Osorio
"a mim ... ele me ensinou tudo ... ele me ensinou
a olhar para as coisas ... ele aponta todas as cores que há nas flores ... e me
mostra como as pedras são engraçadas ... quando a gente as têm nas mãos ... e
olha devagar para elas ... damo-nos tão bem um com o outro ... na companhia de
tudo ... que nunca pensamos um no outro ... vivemos juntos ... os dois ... como
um acordo íntimo ... como a mão direita e a esquerda"
Parte do Poema do Menino Jesus, de Maria Bethânia.
Parte do Poema do Menino Jesus, de Maria Bethânia.
segunda-feira, 19 de outubro de 2015
Nos braços da Igreja Matriz
Por Renata Miranda
Nos braços da Igreja Matriz,
Nos braços da Igreja Matriz,
a celebração de grandes histórias de amor,
quanta gente ali foi feliz
Batizando um filho, celebrando
a vida, curando a dor
Gratidão, esperança, perdão e renovação
Um templo sagrado transmitindo
força através da oração
O alívio das dores da alma
acalentando o coração
Mágoas dissolvidas
Vidas Bem resolvidas através
da força da fé
Há quem diga que não é
Mas quando passo em frente a
igreja
Sinto a força da sua presença
Confirmando que se o mal é contagioso,
o bem também é
Braços Abertos
Por Oldemar Santos
Rompe a paisagem urbana
Rompe a paisagem urbana
Imponente e
bela, um monumento à vida
Paredes fortes como a fé dos que a freqüentam
Símbolo sagrado que abriga a todos
Como uma mãe recebe seus filhos
Lança-se no coração de Caçapava
Desafia o tempo e o espaço, como um poema
Conduzindo-me aos píncaros da fé
Só tu és matriz, as outras são tuas filhas
Espalhando amor por onde abriga tuas hastes
Eternizando teus duzentos anos
Vejo ao longe as tuas
torres majestosas
Ah! Tuas torres...
Braços abertos me recebendo a cada retorno.
Igreja Matriz: elo comunitário
Por Jacques Duarte Cassel
Noite fria de 15 de agosto
Noite fria de 15 de agosto
1815
Os habitantes da
Povoação de Caçapava
Comungavam sonhos de esperança
Sob céu estrelado
Neste dia
Padre Fidêncio – Cônego Ortiz
Lançou a
Pedra Fundamental
Da futura igreja
Paulatina construção
Refúgio espiritual Farrapo
Inauguração histórica
1935
Centenário Farroupilha
Sinos Jesuíticos
Zimbórios de cobre
Completam sua solidez
Uterino interior
Consola
Atenua
Dores percalços sofrimentos
Proteção
Nossa Senhora da Assunção
Ao redor
De suas torres
Pombas franciscanas
Voam
Compondo auréolas
Destino cotidiano da fé
Recebe
Quem chega ao norte
Com os braços abertos
Zelosos
Anfitriões
domingo, 18 de outubro de 2015
Definitivamente
Por Artur Osório
...entregue aos sonhos ... e condenado à gravidade que consome ... lanço
à órbita os planetas estacionários e por céus de cosmos chão inconfundíveis ...
risco a vida e marco os anos antepassados ... não há tempo que me tire das
galáxias ... nem há dias nem há noites nestas horas ...estelares turbilhões de
evidências... em eclipse ... acobertam as memórias ... nas areias não há rastro
que resista ... nem tão pouco estacionários que não movem ... definitivamente
entregue aos sonhos e condenado à gravidade que consome...
sexta-feira, 29 de maio de 2015
Paixão pelo português
Por Viviane Ilha
“Mas
tem que ser erros graves, da ortografia a concordância verbo-nominal”. A
conversa estava interessante. Joana, professora de língua portuguesa, nunca
tinha estado diante de uma apaixonada pela língua como aquela moça. O namorado
da Susana tinha lá seus encantos, no entanto esbarrava nas declarações por
mensagens na internet. Segundo a jovem, doía aos olhos observar que Roberto
tinha defeitos linguísticos. No começo tudo era ‘engraçadinho’, outro problema
do rapaz que digitava diminutivos constantemente como florzinha e amorzinho.
Foi na paixão pelo português, que deixou o encantador brasileiro.
segunda-feira, 27 de abril de 2015
Espelhos
Por Viviane Ilha
Os
índios quando receberam os portugueses tiveram em suas mãos espelhos em troca
das riquezas da terra. O que eles sentiram? Espelhos são reflexos e reflexões.
Quando um grupo de mulheres no século XXI recebeu espelhos de presentes, vi em
seus rostos fascinação, porque não veriam mais suas imagens distorcidas nos
vidros da casa. Um momento surreal foi observar que um simples espelho poderia
mudar o cotidiano de uma comunidade de mulheres em tratamento. Espelhos, cada
um reflete o que encanta tanto a alma quanto a aparência.
sábado, 18 de abril de 2015
Atitude
Por
Viviane Ilha
domingo, 29 de março de 2015
Cronologia
Por Viviane Ilha
Corra!
Corra!
Resista
a ficar parado.
Ontem
já passou, então o presente chega depressa.
Não
faça dos teus erros o presente do passado e futuro do pretérito.
Ordem
do tempo é um dos significados da palavra em questão.
Logicamente
que todos estão buscando não perder tempo quando podem.
Otimização
parece ser tema de cursos de como viver a vida nesse tempo.
Garantia
de felicidade é saber que o tempo faz parte de um grande evento.
Internamente
somos inqueridos a reagir contando uma sucessão dos acontecimentos.
Antes
de tudo, respire.
sexta-feira, 27 de março de 2015
Estranha matemática do amor
Por Viviane Ilha
Conta a lenda das metades
que meia alma mais outra meia alma dá um inteiro de amor. Aquela história da carochinha
das metades da laranja. Mas se essa história for de um inteiro querendo somar
outro inteiro, os contrários dessa matemática estranham, porque parece que o amor
não encontra a soma. A história dá conta que há muitos inteiros que se acham
metade para tentar encontrar a matemática perfeita. Balela. Se és inteiro.
Inteiro será. A soma pode ser X+Y ou X+X ou Y+Y, e ainda será amor.
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