quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Da varanda da escola...

Por Viviane Ilha

Curtindo o movimento na varanda da escola com o ar quente e frio ao mesmo tempo, e observando os alunos após o almoço ele chegou todo carinhoso. – Um flor professora, peguei para a senhora. Com o sorriso meigo nem parece aquele guri que não parava nunca de agitar na hora de ver umas animações sobre motivação. Bochechas vermelhas de correr pra lá e pra cá, tive que encher de beijos aquele rapazinho. É assim quando estão livres correndo, são motivados. Como é bom essas flores desabrochando por aí.

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Vai voltar?

Por Viviane Ilha

Ela vai voltar todos os dias... A vida, ela volta todos os dias para mostrar que é preciso vivê-la a todo instante. Mas quando existem pessoas que estão acostumadas com algum tipo de abandono a pergunta é pertinente. Sim, voltamos todos os dias a viver mais, mas principalmente, conhecendo quem faz parte da nossa vida. Para ter sentido é necessário olhar mais à volta e não perder o foco ao mesmo tempo. Porém quando duas ou mais vidas se cruzam, saber se uma delas vai voltar é importante.  

domingo, 27 de outubro de 2013

Aventurar-se

Por Viviane Ilha

Depois que ficaram amigas descobriram que tinham muita coisa em comum. Ana Karina e Bia adoravam o cotidiano, mas estavam entediadas queriam uma aventura. Podia ser uma trilha no meio do mato, mesmo a Bia sendo alérgica ao mato. “Repelente não resolve muito” – constatou Bia. Já era uma aventura se encher das picadas dos mosquitos. “Tem que ser algo legal” – afirmou Ana. As duas ficaram um final de semana cogitando as aventuras. Ir ao show de pagode, de funk, elas detestavam. “Descer até o chão, não dá!” – concluíram. 

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Classificados do Concurso Literário - Caçapava do Sul em 88 palavras

As “88 palavras” dos autores participantes do Concurso Literário “Expresse seu amor por Caçapava do Sul” foram analisados pelos jurados conforme o regulamento. O primeiro classificado de cada categoria será revelado na Sessão Solene em Homenagem aos 182 anos de emancipação do município, na Câmara Municipal de Caçapava do Sul, dia 21, às 19h, com a premiação e entrega dos certificados.Ainda, será feita uma votação popular por este blog, até o dia 20, valendo para este certame, para os primeiros  colocados em cada categoria, uma camiseta, gentileza de Minas Outdoor Sports.

Categoria Poesia:





Categoria Crônica:



Um olhar sobre Caçapava

Por Maria Luciana Bitencourt Madrid 
Poesia classificada no Concurso Cultural “Expresse seu amor por Caçapava do Sul – 182 anos”


Caçapava linda terra,

Lendária e gloriosa

Querência amada, valiosa

Cidade valente e valorosa.


Você cresceu, progrediu

O povo contigo evoluiu

Caçapava não se entrega

O grito guerreiro permaneceu

Num eco de brava gente

Que jamais esmoreceu.


Minha querida cidade

Aqui nasci, aqui quero morrer

Chão eterno, abençoado

Que exalto enquanto viver

Seu importante legado

Para sempre irá permanecer.


Lindas belezas naturais

Criadas pela mão divina

Que prestigiamos

Na cidade que adoramos.


Caçapava maravilhosa

Deixo em prosa e verso

Para um maior sucesso

Precisamos mais cooperação

De toda população.

Caçapava e o tempo

Por Jacques Duarte Cassel
Poesia classificada, em primeiro lugar, no Concurso Cultural “Expresse seu amor por Caçapava do Sul – 182 anos”. 

No princípio

Vulcões, magma

Vento, rochas

Vida

Mata virgem

Megatério

Charruas

Clareira na mata

Luta de fronteiras

Acampamento militar

Paragem de Caçapava

Aventureiros, bandeirantes

Tropeiros, sesmeiros

Povoamento

Água de bica

Fonte do mato

Fonte do conselheiro

História viva

Capital Farroupilha

Casa dos Ministérios

Forte Dom Pedro Segundo

Igreja Matriz

Ossos do megatério

Presença Centenária

Figueira do Conselheiro

Magnólia da Rua Quinze

O testemunho das pedras

A do Segredo

Guaritas

Paralelepípedos

História incrustada

Na terra

Nos campos

Nas ruas

Na memória ancestral

Grande afeto

Respeito

Dever

Transmutam-se

                   Em

                      Preservação

A lua da capital do carinho

Por Juliano Teixeira Porto
Poesia classificada no Concurso Cultural “Expresse seu amor por Caçapava do Sul – 182 anos"

A lua cheia para iluminar,

Quem quiser amar com carinho

Uma vez por mês a lua vai brilhar

Na capital do carinho.


Que Deus faça compreender

Porque amanhece antes de anoitecer,

O sol se esconde quando a lua quer brilhar

E o sol brilha quando ela vai descansar


Namorar você de novo

Sentindo o brilho do teu olhar

Como é bom fazer carinho

Iluminando a capital do carinho

Com a lua a encantar
 
É bom te ver lua no céu

Clareando a noite fria

Até raiar o dia

Caçapava, Mãe Acolhedora.

Por Edison Aran Nunes Krusser
Crônica classificada, em primeiro lugar, no Concurso Cultural “Expresse seu amor por Caçapava do Sul – 182 anos”.

Caçapava da neblina que toca o topo do morro, se misturando às almas dos pioneiros revisitando o Forte inacabado. Das fontes que brotam lágrimas renovadas, alimentando cascatas brilhantes, deste abençoado georrico. D’uma clareira que espera iluminada a visita do prometido. Amada que ama com um amor que nos atravessa. Esperança n’Assunção guiando o braço deste povo brioso. Segredos levados pelo vento, para o vão da pedra. Da lembrança de heróis numa temporalidade que nos toca... E se vai. Saúdo! Símbolo da força e fibra, próprias dos Do Sul.

Carinho imprescindível

Por Jacques Duarte Cassel
Crônica classificada no Concurso Cultural “Expresse seu amor por Caçapava do Sul – 182 anos”. 

Desde o princípio o vento foi soprando o tempo. O tempo percorria as serras, as pedras inominadas. O vento soprava a pele da terra, as matas. A “clareira na mata” era refúgio seguro para charruas, militares, tropeiros, sesmeiros. E, assim, surgia uma povoação. Com ela, as edificações históricas. Desde o princípio, memória; uma célula é memória de outra, a cultura e seus produtos, a memória do homem. Uma manifestação imensa de carinho de um povo é preservar seu patrimônio cultural e histórico. Desde o princípio, vento e memória.

Caçapava, uma Pintura

Por Oldemar Santos
Crônica classificada, em primeiro lugar, no Concurso Cultural “Expresse seu amor por Caçapava do Sul – 182 anos”

Se você conhece Caçapava, certamente já viu a lua cheia iluminando as águas do Camaquã, onde a silhueta das árvores pinta um quadro de sombras nunca visto em nenhuma tela. Já deve ter visto o por do sol no Forte Dom Pedro II, tentando entender como aquela muralha foi construída. Deve ter bebido a água da fonte do mato como se fosse mineral. Certamente já perambulou pela quinze sem ter o que fazer, mas por puro prazer. Se você fez tudo isto, certamente é mais um caçapavano nato.

sábado, 12 de outubro de 2013

Caçapava do Sul

por Lislair Leão Marques

E se eu não encontrar palavras para expressar o amor que sinto pela minha cidade? – Caçapava do Sul: não seria como se eu não te amasse, minha terra natal, pois só sei da saudade que senti, nos vários lugares onde andei. Saudades dos recantos, das flores, do sabor das coisas deste pago. Do frio e do calor. Saudades das pessoas. Ah! Das pessoas queridas, do jeito que elas são. Ah! Se eu não as amasse tanto assim... As frases se tornam em vão, e eu digo o quê?

Quando fiz seis anos

por Lislair Leão Marques 

Tive uma infância feliz, no universo rural, cercada de natureza, rodeada de gente e bichos. Quando fiz seis anos eu ganhei, de meu pai, uma vaquinha. Chamei-a de Farroupilha. Ela era vermelha com manchas brancas na cabeça e logo teve um terneiro e o apelidei de Bacana. E nada bacana foi à produção de Farroupilha, todos foram bezerros machos. Estes cresciam e logo virava comida. A expectativa de que a minha criação ser positivamente progressiva não se estabeleceu e não me restou outra opção senão esquecer este empreendimento.

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Quero ser grande

Por Viviane Ilha

Não é em tamanho não. Quero ser grande como o meu sonho de todos serem gigantes em suas realizações. Desde aqueles sonhos menores ao grande sonho. Como uma criança grande com aquele espírito de descobridor das coisas. Quando criança quer ser grande para fazer coisas tão grandes quanto os desejos ao apagar as velinhas do bolo de aniversário. Ser grande nas pequenas coisas como andar de braços dados com alguém especial. Contar os detalhes, ouvir as referências, isso tudo é que faz a diferença na hora de crescer.

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Mudando de estação em um abra e fecha parênteses

Por Viviane Ilha

(A estação que começou em setembro tem como ponto de partida um tempo de festas!) Quando temos mais luminosidade, os dias mais longos antecedendo o verão, daí surge a primavera (manhãs frias, tardes quentes). É a festa das flores. Dos passarinhos que cantam na janela (Aqui ainda conseguimos ver os passarinhos na janela para anunciar o novo tempo).  Aproveitando esta fase de renovação total das energias solares estamos mais dispostos a se divertir, namorar, curtir a vida a todo o vapor com um leve abre e fecha parênteses. 

domingo, 6 de outubro de 2013

O Encontro

Por Viviane Ilha

Um tempo atrás Ana Karina estava namorando o Bruninho. Eram amigos, mas o rapaz tinha compulsão por videogame daí eles não tinham muito assunto. Num domingo ela foi almoçar na casa da sogra, a Bia. Enquanto Bruninho jogava com os primos, a Ana e a Bia ficaram superamigas. Trocaram dicas, tendências de moda e da vida doméstica. Foi um encontro divertido com Bia, então combinaram de começar a academia juntas. No fim do passeio ela terminou o namoro. “Preferi a nova melhor amiga do que uma ex-sogra” confidenciou.

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Zero grau... As diferenças entre quem vê bem e os de pouca visão

Por Viviane Ilha

Óculos de zero grau que é um grau. A modinha de parecer que usa óculos para correção das vistas é para os fashionistas de plantão. Se você é um desconectado da moda não estranhe quando encontrar alguém com óculos anos 70 transparentes. É a moda. Eu como boa míope perguntei: - Está usando óculos, qual o problema? Gosto de compartilhar minhas “ceguices” com os outros. Ouvi a resposta zero grau: “É sem grau, é estilo mesmo”. Então estou na moda? Não. Óculos de grau é para os “ceguetas”. 

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Minha terra tem

por Viviane Ilha

Na minha terra tem chão batido, pedra solta, pedra enraizada, prédios e casas antigas. Na minha terra tem árvores centenárias, calcário, templos à céu aberto, igrejas, esportes e cultura. Tem escolas e universidades. Mas acima de tudo tem as pessoas. Conhecê-las às vezes é uma atividade além da simples conversa nas ruas, nos bairros e pelo interior é um exercício de cidadania, respeito. Por que na minha terra, as pessoas estão aqui ou transitoriamente ou para sempre. É preciso conhecer essa diversidade toda na terra Caçapava do Sul.

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Intermediações

Por Viviane Ilha

“Saudade deve ser mediada”. Ana Karina andava um pouco carente daí ela filosofou um pouco também: “É o Prazer de falar com amigos distantes pelos quilômetros, horas que a vida nos separa”. Uma filósofa nas horas vagas.... Apesar da saudade que pode ser dirimida com um simples: - Oi como você está? “Esse prazer que a internet proporciona de saber como andam as coisas, o que os amigos estão fazendo é esclarecedor”. - Porquê questionei? “Nesses momentos ficamos mais próximos, mesmo que sejam máquinas que intermediam esse contato.”