por Viviane Ilha
No banco da praça, na capital metropolitana, ela observava os caçadores.
Eles vinham pela praça desfilando a nobreza de moradores de rua à caça de
coisas para saciar a fome. A observadora via nos olhos dos farejadores uma
busca precisa da própria sorte. O olhar deles chegava ao lixo, na lixeira e por
fim na comida. Esfomeados, devoravam os restos deixados pelos visitantes. O
banquete de Babette era a sorte dos olhos caçadores, lembrança impregnada nos
olhos da mulher que via tudo do banco da praça.
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