segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Nos braços da Igreja Matriz

Por Renata Miranda

Nos braços da Igreja Matriz,
a celebração de grandes histórias de amor,
quanta gente ali foi feliz
Batizando um filho, celebrando a vida, curando a dor

Gratidão, esperança, perdão e renovação
Um templo sagrado transmitindo força através da oração
O alívio das dores da alma acalentando o coração

Mágoas dissolvidas
Vidas Bem resolvidas através da força da fé
Há quem diga que não é
Mas quando passo em frente a igreja
Sinto a força da sua presença
Confirmando que se o mal é contagioso, o bem também é

Braços Abertos

Por Oldemar Santos

Rompe a paisagem urbana
Imponente e bela, um monumento à vida
Paredes fortes como a fé dos que a freqüentam
Símbolo sagrado que abriga a todos
Como uma mãe recebe seus filhos
Lança-se no coração de Caçapava
Desafia o tempo e o espaço, como um poema
Conduzindo-me aos píncaros da fé
Só tu és matriz, as outras são tuas filhas
Espalhando amor por onde abriga tuas hastes
Eternizando teus duzentos anos
Vejo ao longe as tuas torres majestosas
Ah! Tuas torres...
Braços abertos me recebendo a cada retorno.

Igreja Matriz: elo comunitário

Por Jacques Duarte Cassel

Noite fria de 15 de agosto
1815
Os habitantes da
        Povoação de Caçapava
Comungavam sonhos de esperança
Sob céu estrelado
Neste dia
Padre Fidêncio – Cônego Ortiz
Lançou a                                                                                                
       Pedra Fundamental
Da futura igreja
       Paulatina construção
Refúgio espiritual Farrapo
Inauguração histórica
1935
Centenário Farroupilha
Sinos Jesuíticos
Zimbórios de cobre
Completam sua solidez
Uterino interior
Consola
Atenua
Dores percalços sofrimentos
Proteção
Nossa Senhora da Assunção
Ao redor
De suas torres
Pombas franciscanas
Voam
Compondo auréolas
Destino cotidiano da fé
Recebe
Quem chega ao norte
Com os braços abertos
Zelosos
Anfitriões

domingo, 18 de outubro de 2015

Definitivamente

Por Artur Osório

...entregue aos sonhos ... e condenado à gravidade que consome ... lanço à órbita os planetas estacionários e por céus de cosmos chão inconfundíveis ... risco a vida e marco os anos antepassados ... não há tempo que me tire das galáxias ... nem há dias nem há noites nestas horas ...estelares turbilhões de evidências... em eclipse ... acobertam as memórias ... nas areias não há rastro que resista ... nem tão pouco estacionários que não movem ... definitivamente entregue aos sonhos e condenado à gravidade que consome...