sábado, 5 de julho de 2014

Alma


*“Minh'alma, de sonhar-te, anda perdida. Meus olhos andam cegos de te ver! Não és sequer razão de meu viver, pois que tu és já toda a minha vida! Não vejo nada assim enlouquecida... Passo no mundo, meu Amor, a ler. No misterioso livro do teu ser. A mesma história tantas vezes lida! Tudo no mundo é frágil, tudo passa... Quando me dizem isto, toda a graça Duma boca divina fala em mim!”

De “Livro de Soror Saudade”, 1923. Na entrega, do amor e paixão, pela autora *Florbela Espanca.

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