*“De terra
te quero;
poema,
e no
entanto iluminado.
De terra
o corpo
perpassado de eclipses,
poroso
poema
de poeira –
onde berram
suicidas e
perfumes;
assim
te quero
sem rosto
e no
entanto familiar
como o chão do quintal
(sombra de
todos nós depois
e antes de nós
quando a
galinha cacareja e cisca).
De terra,
onde para
sempre se apagará
a forma desta mão
por ora ardente.”
Poema encontrado na obra “Barulhos”, de *Ferreira Gullar.
Há algo que quer ser revelado e outra força que quer ocultar.
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