domingo, 4 de maio de 2014

Mãe!


Acredito: não nos foi dada à memória dos primeiros momentos de nossas vidas, porque é impossível registrar tamanha perfeição, sem medida, de um nascimento. Da pessoa que se repete. Da dor e esforço sem resistência do que se pariu. O olhar que se dilui em sentimento inato e terno. O encostar a cabeça no peito, o moldar o corpo para ajustar o colo com o instinto da proteção da cria. Nasci filha e cresci em eco. Ainda procuro o colo na calma da maciez eterna de minha mãe.

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