Conjuga-me,
amado. Não no Pretérito Perfeito: tu amaste o que amei. Bem menos utilize o
Pretérito Mais Que Perfeito: tu amaras quando eu amara. Esqueça o Pretérito
Imperfeito: se tu amasses se eu amasse. Não, não pense no Futuro, pois o que
tudo indica, certamente, tu amarás o que eu amarei. Quem sabe, imperes no
Infinitivo Pessoal: amares tu para eu amar... Mas bem, melhor seria a posse do
Presente, Conjuntivo: que tu ames o que eu ame. Antes, conjuga-me, amando, no
Presente: tu amas e eu amo.
sábado, 31 de maio de 2014
Capte-me
Sou feita de um coração e
de sonhos. Muito antes que o mundo ouse a perceber eles estão ancorados na
essência do meu existir, cheios de vida e coragem. O porquê do delicado, de
todo o terno afeto do meu ser. Coração e sonhos compostos de sutis detalhes que
não existe em palavras. Por que explicar? Está em mim e faz sentido. Entende?
Atreva-se a me reconhecer. Inspire-se e atravesse as fronteiras de minha alma.
Não custa nada, nada... O tempo urge e é necessário cumprir. Vem! Capte-me.
Saudades
Por Lislair Leão Marques
*“Sinto saudades de tudo
que marcou a minha vida.
Quando vejo retratos, quando sinto cheiros,
quando escuto uma voz, quando me lembro do passado,
eu sinto saudades...
Sinto saudades de amigos que nunca mais vi,
de pessoas com quem não mais falei ou cruzei...
Sinto saudades da minha infância,
do meu primeiro amor, do meu segundo, do terceiro,
do penúltimo e daqueles que ainda vou ter, se Deus quiser...
Sinto saudades do presente,
que não aproveitei de todo,
lembrando do passado
e apostando no futuro...”
Quando vejo retratos, quando sinto cheiros,
quando escuto uma voz, quando me lembro do passado,
eu sinto saudades...
Sinto saudades de amigos que nunca mais vi,
de pessoas com quem não mais falei ou cruzei...
Sinto saudades da minha infância,
do meu primeiro amor, do meu segundo, do terceiro,
do penúltimo e daqueles que ainda vou ter, se Deus quiser...
Sinto saudades do presente,
que não aproveitei de todo,
lembrando do passado
e apostando no futuro...”
De *Clarice Lispector
quinta-feira, 29 de maio de 2014
Intensidade
*“Estou doente da persistência de imagens, reflexos e
espelhos. Eu sou uma mulher com olhos de gato siamês que por detrás das
palavras mais sérias sorri sempre troçando da minha própria intensidade. Sorrio
porque presto atenção ao OUTRO e acredito no OUTRO. Sou marioneta movida por
dedos inexperientes, desmantelada, deslocada sem harmonia; um braço inerte,
outro remexendo-se a meia altura. Rio-me, não quando o riso se adapta ao meu
discurso, mas porque ele se implica nas correntes subjacentes do que eu digo.”
Palavras expressas pela escritora *Anaïs Nin.
Doce Certeza
*”Por essa vida fora
hás-de adorar
Lindas mulheres, talvez; em ânsia louca,
Em infinito anseio hás de beijar
Estrelas d´ouro fulgindo em muita boca!
Hás de guardar em cofre perfumado
Cabelos d´ouro e risos de mulher,
Muito beijo d´amor apaixonado;
E não te lembrarás de mim sequer...
Hás de tecer uns sonhos delicados...
Hão de por muitos olhos magoados,
Os teus olhos de luz andar imersos!...
Mas nunca encontrarás p´la vida fora,
Amor assim como este amor que chora
Neste beijo d´amor que são meus versos!...”
Lindas mulheres, talvez; em ânsia louca,
Em infinito anseio hás de beijar
Estrelas d´ouro fulgindo em muita boca!
Hás de guardar em cofre perfumado
Cabelos d´ouro e risos de mulher,
Muito beijo d´amor apaixonado;
E não te lembrarás de mim sequer...
Hás de tecer uns sonhos delicados...
Hão de por muitos olhos magoados,
Os teus olhos de luz andar imersos!...
Mas nunca encontrarás p´la vida fora,
Amor assim como este amor que chora
Neste beijo d´amor que são meus versos!...”
*Florbela Espanca
quarta-feira, 28 de maio de 2014
Cântico dos cânticos
Por Lislair Leão Marques
*“– Quem me busca a esta
hora tardia?
– Alguém que trenas de desejo.
– Sou teu vale, zéfiro, e aguardo
Teu hálito... A noite é tão fria!
– Meu hálito não, meu bafejo,
Meu calor, meu túrgido dardo.
– Alguém que trenas de desejo.
– Sou teu vale, zéfiro, e aguardo
Teu hálito... A noite é tão fria!
– Meu hálito não, meu bafejo,
Meu calor, meu túrgido dardo.
– Quando por mais
assegurada
Contra os golpes de Amor me tinha,
Eis que irrompes por mim deiscente...
– Cântico! Púrpura! Alvorada!
– Eis que me entras profundamente
Como um deus em sua morada!
– Como a espada em sua bainha.”
Contra os golpes de Amor me tinha,
Eis que irrompes por mim deiscente...
– Cântico! Púrpura! Alvorada!
– Eis que me entras profundamente
Como um deus em sua morada!
– Como a espada em sua bainha.”
*Poema de Manuel Bandeira (1886
– 1968), pernambucano. Ele foi poeta, crítico literário, professor e tradutor.
domingo, 25 de maio de 2014
Estava uma janela aberta?
*“Estava uma janela aberta? Está dentro de casa a tempestade?
Quem bate com as portas? Quem atravessa as salas? – Deixa. Seja quem for. Na câmara
da torre não o encontrará. Como detrás de cem portas, está este grande sono que
duas criaturas dormem em
comum. Numa comunhão de Mãe ou de Morte.”
Canção do livro “Cartas a um Jovem Poeta – A Canção de Amor
e de Morte do Porta-Estandarte Cristóvão Rilke”, a obra mais reconhecida do poeta alemão *Rainer Maria Rilke, quer pela intensidade ou simplicidade das
palavras.
Traduzir-se
Por Lislair Leão Marques
*Ferreira Gullar, sempre me surpreende:
*Ferreira Gullar, sempre me surpreende:
*“Uma parte de mim
é todo mundo:
outra parte é ninguém:
fundo sem fundo.
Uma parte de mim
é multidão:
outra parte estranheza
e solidão.
Uma parte de mim
pesa, pondera:
outra parte
delira.
Uma parte de mim
almoça e janta:
outra parte
se espanta.
Uma parte de mim
é permanente:
outra parte
se sabe de repente.
Uma parte de mim
é só vertigem:
outra parte,
linguagem.
Traduzir uma parte
na outra parte
— que é uma questão
de vida ou morte —
será arte?"
é todo mundo:
outra parte é ninguém:
fundo sem fundo.
Uma parte de mim
é multidão:
outra parte estranheza
e solidão.
Uma parte de mim
pesa, pondera:
outra parte
delira.
Uma parte de mim
almoça e janta:
outra parte
se espanta.
Uma parte de mim
é permanente:
outra parte
se sabe de repente.
Uma parte de mim
é só vertigem:
outra parte,
linguagem.
Traduzir uma parte
na outra parte
— que é uma questão
de vida ou morte —
será arte?"
sábado, 24 de maio de 2014
Arte-final
Por Lislair Leão Marques
Affonso Romano de Sant'Anna é mineiro, nasceu em 1937. Intelectual de produção diferenciada. Sua obra, crônicas e poesias, nos levam da palavra a ação. Eis:
”Não basta um grande amor
para fazer poemas.
E o amor dos artistas, não se enganem,
não é mais belo
que o amor da gente.
O grande amante é aquele que silente
se aplica a escrever com o corpo
o que seu corpo deseja e sente.
Uma coisa é a letra,
e outra o ato,
– quem toma uma por outra
confunde e mente.”
Affonso Romano de Sant'Anna é mineiro, nasceu em 1937. Intelectual de produção diferenciada. Sua obra, crônicas e poesias, nos levam da palavra a ação. Eis:
”Não basta um grande amor
para fazer poemas.
E o amor dos artistas, não se enganem,
não é mais belo
que o amor da gente.
O grande amante é aquele que silente
se aplica a escrever com o corpo
o que seu corpo deseja e sente.
Uma coisa é a letra,
e outra o ato,
– quem toma uma por outra
confunde e mente.”
Mineração
Lucy Maud Montgomery (30 de
novembro de 1874 – 24 de abril de 1942), canadense, foi uma escritora
romancista de interesse e de vida familiar, de amor e proteção. Publicou 20
romances, mais de 500 contos, uma autobiografia e um livro de poesia. "Mineração" é um de seus poemas que me encanta.
“Nos desígnos da criação
Uma mulher é feita
Fascinante criatura
Estranha receita
Íntima anatomia
Esconde sonhos
Genitália profunda e generosa
Goza
Sublime poesia
Encarnada sexuada
Em seu ventre termina
Uma mina que mina
A mais pura mineração”
quinta-feira, 22 de maio de 2014
Poema de Cecília Meireles
Por Lislair Leão Marques
Tenho fases, como a lua
Fases de andar escondida,
fases de vir para a rua...
Perdição da minha vida!
Perdição da vida minha!
Tenho fases de ser tua,
tenho outras de ser sozinha
Fases que vão e que vêm,
no secreto calendário
que um astrólogo arbitrário
inventou para meu uso.
E roda a melancolia
seu interminável fuso!
Não me encontro com ninguém
(tenho fases, como a lua...)
No dia de alguém ser meu
não é dia de eu ser sua...
E, quando chega esse dia,
o outro desapareceu...
Fases de andar escondida,
fases de vir para a rua...
Perdição da minha vida!
Perdição da vida minha!
Tenho fases de ser tua,
tenho outras de ser sozinha
Fases que vão e que vêm,
no secreto calendário
que um astrólogo arbitrário
inventou para meu uso.
E roda a melancolia
seu interminável fuso!
Não me encontro com ninguém
(tenho fases, como a lua...)
No dia de alguém ser meu
não é dia de eu ser sua...
E, quando chega esse dia,
o outro desapareceu...
quarta-feira, 21 de maio de 2014
A Liberdade é Azul
Das cores primárias
associadas aos temas humanitários, o cineastra polonês Krzysztof Kieslowski,
encontra o tom azul para associar a liberdade. Do azul relacionado à tristeza, o frio. Sensibilidade e estética são marca do seu filme “A Liberdade é Azul”
(1993). Reflete a busca da liberdade. O quanto esta sensação pode ser também dolorida.
Às vezes, ficamos pendurados, como no filme, num candelabro azul. Presos ao
medo, pelo desconhecido ou por uma escolha, nem sempre livre. Aprender a
vivenciar o acaso como ele é, talvez seja, saber ser tranqüilo.
Louvação para uma Cor
*“O amarelo faz decorrer
de si os mamões e sua polpa,
o amarelo furável.
Ao meio-dia as abelhas, o doce ferrão e o mel.
Os ovos todos e seu núcleo, o óvulo.
Este dentro, o minúsculo.
Da negritude das vísceras cegas,
amarelo e quente, o minúsculo ponto,
o grão luminoso.
Distende e amacia em bátegas
a pura luz de seu nome,
a cor tropicardiosa.
Acende o cio,
é uma flauta encantada,
um oboé em Bach.
O amarelo engendra.”
o amarelo furável.
Ao meio-dia as abelhas, o doce ferrão e o mel.
Os ovos todos e seu núcleo, o óvulo.
Este dentro, o minúsculo.
Da negritude das vísceras cegas,
amarelo e quente, o minúsculo ponto,
o grão luminoso.
Distende e amacia em bátegas
a pura luz de seu nome,
a cor tropicardiosa.
Acende o cio,
é uma flauta encantada,
um oboé em Bach.
O amarelo engendra.”
*Poema de Adélia Prado, professora,
mãe e dona de casa.
terça-feira, 20 de maio de 2014
A Flor Azul
Tem coisas que só nosso coração pode fazer que algo exista.
Tal a lenda da flor azul. Da flor, de azul precioso e raro, cujo perfume
embriaga despertando o mais intenso desejo. Perfume que se volatiliza e por
isso, torna inatingível sua captura. Flor que é de uma delicadeza infinita, diáfana.
Daquilo que, se sonha ou se busca, não posso ter. O que está dentro da gente e é
inalcançável. Talvez nem exista esta coisa, mas a idéia: por isso nossa alma pode
sim, sentir o seu perfume.
Canção Final
Por Lislair Leão Marques
*“Oh! se te amei, e quanto!
*“Oh! se te amei, e quanto!
Mas não foi tanto assim.
Até os deuses claudicam
em nugas de aritmética.
Meço o passado com régua
de exagerar as distâncias.
Tudo tão triste, e o mais triste
é não ter tristeza alguma.
É não venerar os códigos
de acasalar e sofrer.
É viver tempo de sobra
sem que me sobre miragem.
Agora vou-me. Ou me vão?
Ou é vão ir ou não ir?
Oh! se te amei, e quanto,
Até os deuses claudicam
em nugas de aritmética.
Meço o passado com régua
de exagerar as distâncias.
Tudo tão triste, e o mais triste
é não ter tristeza alguma.
É não venerar os códigos
de acasalar e sofrer.
É viver tempo de sobra
sem que me sobre miragem.
Agora vou-me. Ou me vão?
Ou é vão ir ou não ir?
Oh! se te amei, e quanto,
quer dizer, nem tanto assim.”
*Poema de Carlos Drummond de Andrade.
O sentido secreto das coisas
*“Há um sentido profundo
Na superficialidade das coisas,
Uma ordem inalterável
No caos aparente dos mundos.
Vibra um trabalho silencioso e incessante
Dentro da imobilidade das plantas:
No crescer das raízes,
No desabrochar das flores,
No sazonar das frutas.
Há um aperfeiçoamento invisível
Dentro do silêncio de nosso Eu:
Nos sentimentos que florescem,
Nas idéias que voam,
Nas mágoas que sangram.
Uma folha morta
Não cai inutilmente.
A lágrima não rola em vão.
Uma invisível mão misericordiosa
Na superficialidade das coisas,
Uma ordem inalterável
No caos aparente dos mundos.
Vibra um trabalho silencioso e incessante
Dentro da imobilidade das plantas:
No crescer das raízes,
No desabrochar das flores,
No sazonar das frutas.
Há um aperfeiçoamento invisível
Dentro do silêncio de nosso Eu:
Nos sentimentos que florescem,
Nas idéias que voam,
Nas mágoas que sangram.
Uma folha morta
Não cai inutilmente.
A lágrima não rola em vão.
Uma invisível mão misericordiosa
Suaviza a queda da folha,
Enxuga o pranto da face.”
Enxuga o pranto da face.”
*H.Kolody
segunda-feira, 19 de maio de 2014
Autopsicografia
Quando eu estudava Arquitetura, em Pelotas, eu ganhei
enrolado num bombom de chocolate, um poema de Fernando Pessoa, o poeta maior da
língua portuguesa:
“O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que leem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.”
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que leem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.”
Esperança
Por Lislair Leão Marques
*“Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano
*“Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano
Vive uma louca chamada Esperança
E ela pensa que quando todas as sirenas
Todas as buzinas
Todos os reco-recos tocarem
Atira-se
E — ó delicioso voo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
Outra vez criança…
E em torno dela indagará o povo:
— Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
E ela lhes dirá
(É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:
— O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA…”
E ela pensa que quando todas as sirenas
Todas as buzinas
Todos os reco-recos tocarem
Atira-se
E — ó delicioso voo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
Outra vez criança…
E em torno dela indagará o povo:
— Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
E ela lhes dirá
(É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:
— O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA…”
*Poema de Mário Quintana.
Dor elegante
Paulo Leminski foi um expressivo
poeta de nossa geração. Morreu em 7 de junho de 1989, em Curitiba, de cirrose
hepática. Eis um de seus poemas:
“Um homem com uma dor
É muito mais elegante
Caminha assim de lado
Com se chegando atrasado
Chegasse mais adiante
É muito mais elegante
Caminha assim de lado
Com se chegando atrasado
Chegasse mais adiante
Carrega o peso da dor
Como se portasse medalhas
Uma coroa, um milhão de dólares
Ou coisa que os valha
Como se portasse medalhas
Uma coroa, um milhão de dólares
Ou coisa que os valha
Ópios, édens, analgésicos
Não me toquem nesse dor
Ela é tudo o que me sobra
Sofrer vai ser a minha última obra”
Não me toquem nesse dor
Ela é tudo o que me sobra
Sofrer vai ser a minha última obra”
domingo, 11 de maio de 2014
Nuvens
Adorava na minha infância me atirar no chão coberto de
grama. Ali, ficava a observar o céu. Fechava e abria devagarzinho, os olhinhos.
Divertia-me com as formas e o movimento das nuvens. Elas apareciam e se sumiam
apressadas. Nuvens. Elas passam céleres ao colo do vento. Tal a gente! “Por
isso agora o que eu quero é dançar na chuva. Não quero nem saber de me fazer, vou
me matar. Eu vou deixar um dia a vida e a minha energia” qual a música de Hermes
de Aquino.
domingo, 4 de maio de 2014
Mãe!
Acredito: não nos foi dada à memória dos primeiros momentos
de nossas vidas, porque é impossível registrar tamanha perfeição, sem medida, de um
nascimento. Da pessoa que se repete. Da dor e esforço sem resistência do que se
pariu. O olhar que se dilui em sentimento inato e terno. O encostar a cabeça no
peito, o moldar o corpo para ajustar o colo com o instinto da proteção
da cria. Nasci filha e cresci em
eco. Ainda procuro o colo na calma da maciez eterna de minha
mãe.
Prece
Ó Deus! Ajuda-me, todo o dia enxergar, o lado bom de todas
as coisas. Tire de mim a fraqueza de acusar aos que me ferem, com mais
severidade do que a mim mesmo. Dai-me a alegria do perdão. Concede-me a graça
da fé e me acolhe com a esperança bem antes da falta da saúde. Cria na minha
alma a serenidade necessária para lograr o Teu amor, louvado seja o que vem da
Tua mão. Acompanhe-me sempre, mesmo se eu esquecer o Teu Divino Coração. Amém!
Pense numa coisa boa
Pense! Pense numa coisa boa. Nossa mente tem razões, muitas
vezes preguiçosa, que nós mesmos desconhecemos. Isto é verdade quando vamos ao
mercado ou lojas para comprar. É nossa razão quem decide o que e como queremos.
Quantas vezes voltamos em casa com produtos que não era o que queríamos e não
nos satisfazem? Doutores do neuromarketing induzem nossa mente, nos ambientes e
produtos de consumo, com magia, sons altos, luzes e cores. Ficamos sonsos. Adquirimos
fácil qualquer coisa. Pense! Pense e volte pra casa com coisa boa.
quinta-feira, 1 de maio de 2014
Um silêncio que me invade ...
Por Artur Osório
de repente ... um
inevitável vazio .... que adorna a mente ... como um vácuo ... ancestral de
movimentos ... me tomam as palavras ... me devoram as letras ... afastam ... da
minha alma o instinto ... apenas um silêncio ... um vazio ... na mente em
movimento ... como um ciclo de acasos ... que repete ... arrastam das mãos ...
as paredes do esquecido ... nas visões .... escurecem o que me acalma ... no
guardado das sentenças ... abrem as portas do passado ...
São os traços que me movem agora...
Por Artur Osório
desajustadas rosas dos ventos ... como antídoto ... perfume
... devoráveis servos de algemas ... instinto de sobrevivência ... um apelo ...
de alma que se arrasta ... aquarelas vivas sobre as águas ... céus de estrelas
que se tocam ... mergulho ... desapego... em areias do deserto ... sopram das
rosas ... os perfumes dos ventos ... o antídoto... da alma devorada ... apelam
aos servos a sobrevida ... apenas ... aquarelas de areias ... no céu do deserto
... mergulho em estrelas de águas vivas ...
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