Paulo Leminski foi um expressivo
poeta de nossa geração. Morreu em 7 de junho de 1989, em Curitiba, de cirrose
hepática. Eis um de seus poemas:
“Um homem com uma dor
É muito mais elegante
Caminha assim de lado
Com se chegando atrasado
Chegasse mais adiante
É muito mais elegante
Caminha assim de lado
Com se chegando atrasado
Chegasse mais adiante
Carrega o peso da dor
Como se portasse medalhas
Uma coroa, um milhão de dólares
Ou coisa que os valha
Como se portasse medalhas
Uma coroa, um milhão de dólares
Ou coisa que os valha
Ópios, édens, analgésicos
Não me toquem nesse dor
Ela é tudo o que me sobra
Sofrer vai ser a minha última obra”
Não me toquem nesse dor
Ela é tudo o que me sobra
Sofrer vai ser a minha última obra”
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