Me confesso
de ser tudo
que possa nascer em mim.
De ter raízes no chão
desta minha condição.
Me confesso de Abel e de Caim.
que possa nascer em mim.
De ter raízes no chão
desta minha condição.
Me confesso de Abel e de Caim.
Me confesso
de ser homem.
De ser um anjo caído
do tal céu que Deus governa;
de ser um monstro saído
do buraco mais fundo da caverna.
De ser um anjo caído
do tal céu que Deus governa;
de ser um monstro saído
do buraco mais fundo da caverna.
Me confesso
de ser eu.
Eu, tal e qual como vim
para dizer que sou eu
aqui, diante de mim!”
Eu, tal e qual como vim
para dizer que sou eu
aqui, diante de mim!”
* “Livro de
horas", Miguel Torga. Este escritor morreu em 17-01-1995, em Coimbra,
Portugal.
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