terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Mofo

Por Lislair Leão Marques

Uma tarde quente e úmida. Dentro de casa, frescor suave. A rua tranquila. Uma xícara de café e um copo d’agua a borbulhar. Um computador, tempo e tudo para escrever o que me vier. Amo isto: silêncio, ausência. Calor e umidade que dá vida a biologia. Bolores crescem. Mas bem, minha companhia agora é um congestionamento nas minhas vias respiratórias. Isto: gripe e dor de cabeça. Do mofo deste verão. Dos papeis antigos que precisei manusear. Cresce também minha percepção. A vida nos dá aquilo que decidimos precisar.

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