sábado, 10 de setembro de 2016

Soneto XXI de Pablo Neruda


”Oh que todo o amor propague em mim sua boca,
que não sofra um momento mais sem primavera,
eu não vendi senão minhas mãos à dor,
agora, bem-amada, deixa-me com teus beijos.

Cobre a luz do mês aberto com teu aroma,
fecha as portas com tua cabeleira,
e em relação a mim não esqueças que se desperto e choro
é porque em sonhos apenas sou um menino perdido,(...)

Oh, bem-amada, e nada mais que sombre
por onde me acompanhes em teus sonhos
e me digas a hora da luz.”

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