sábado, 3 de setembro de 2016

Medo


Sinto-me presa ao solo onde eu nasci, imobilizada, num estado de enorme conforto. Aqui, não tenho medo. Quem me sacudiria desse estado e poria asas aos meus sonhos? Quem, senão o medo redobraria a minha coragem de querer voar? Medo de quê? Que esforço empreenderia para ter o medo, se a coisa que mais tenho medo no mundo é abafar meus sentimentos, me combater e me ferir. Que a vida pacata, insuportável medo, não vai me combalir. Temo a Deus, sim! Rezo o traçado que Ele me propõe. 

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